Orquestra Sinfônica da USP apresenta obras inspiradas em marcos de 22
Confira os vídeos das apresentações que fizeram parte de programação do evento “3x22: Diálogos Improváveis” promovido pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária
18/09/2021
Crisley Santana
A fim de celebrar a aproximação de datas como o bicentenário da Independência e o centenário da Semana de Arte Moderna, ambas datas comemoradas em 2022, a Orquestra Sinfônica da USP (Osusp) realizou apresentações durante o evento on-line “3×22: Diálogo Improváveis”.
O evento, que ocorreu entre os dias 13 e 17 de setembro, foi promovido pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP e reuniu mesas-redondas, além de atividades artístico-culturais que podem ser conferidas neste link. As apresentações da Osusp ocorreram nos dias 13, 15 e 17 respectivamente.
O conjunto de obras apresentado dividiu-se em obras do período colonial, contemporâneas e modernas. O período colonial do conjunto foi fruto da pesquisa do compositor e maestro Rubens Ricciardi; já o modernismo apareceu em obras de Debussy e Stravinsky. Por fim, a contemporaneidade musical foi representada pelas obras de Arrigo Barnabé, Gabriel Levy e Paulo C. Chagas.
Para a realização dos concertos e gravações das obras foram feitas parcerias com outras unidades da Universidade. “De Ribeirão temos o Rubens Ricciardi e a Cássia Carrascoza; do CMU (Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes da USP) os professores Ricardo Bologna e Eliane Tokeshi, também o Rogério Moraes Costa, que coordena a Orquestra Errante, e o pós-graduando André Bachur”, explicou o professor Fábio Cury, diretor da Osusp e professor de fagote do Departamento de Música.
Confira abaixo as apresentações da Osusp:
No dia 13 de setembro, a obra apresentada foi Prèlude à l’après-midi d’un Faune, de C. Debussy, com regência de Natália Larangeira.
No dia 15, as cordas da OSUSP se uniram às vozes do Coralusp na obra Rapsódia Cobra Canoa, de Gabriel Levy e Magda Pucci. Composta por temas de diferentes tradições mítico-religiosas, a partir dos fragmentos musicais originais, trata-se de uma peça audiovisual que utiliza diversos recursos para a transformação e recomposição de sons e imagens que têm em comum a reverência às divindades femininas.
No mesmo dia, houve a estreia da obra Re-soundings/Re-sonâncias, de Paulo C. Chagas, professor titular da Universidade da Califórnia-Riveride. Fruto da pesquisa sobre a música telemática desenvolvida em colaboração internacional entre Chagas, da Universidade da Califórnia, e Cássia Carrascoza Bomfim, coordenadora do LaFlauta, da USP, em Ribeirão Preto.
Por fim, houve a apresentação de obras coloniais sob regência de Natália Larangeira. No repertório, Duas Modinhas Mineiras Anônimas, resultado da pesquisa de Adhemar Campos Filho e George Olivier Toni; e Pensamento Sentimental, de José Maria Xavier.
No último dia do projeto, 17 de setembro, a apresentação contou com regência de Ricardo Bologna e narração de Arrigo Barnabé para a interpretação da Osusp em História do Soldado, de Igor Stravinsky, em versão para língua portuguesa.
Os concertos encerraram com o lançamento da obra inédita Taxidermia em Dois Movimentos, composta por Arrigo Barnabé especialmente para a Osusp. A apresentação contou com a participação da Orquestra Errante.
“O projeto 3×22 é uma grande oportunidade de escutar o que nos dizem as vozes do passado e como os princípios de permanência e transformação promovidos anteriormente se refletem hoje na prática das orquestras e da música de concerto contemporânea”, afirmou o professor Cury sobre as apresentações da Orquestra no evento.