Dissertação de Mestrado: Lasar Segall e a perseguição ao modernismo: arte degenerada na Alemanha e no Brasil
Autor(a): Daniel Rincon Caires
Ano: 2019
Orientador(a): Francisco Cabral Alambert Junior
Unidade da USP: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH)
Disponível em: https://doi.org/10.11606/D.8.2019.tde-19082019-131007
Resumo:
Esta dissertação analisa o discurso de repúdio à arte moderna, conforme este se manifestou em relação à obra do artista russo-brasileiro Lasar Segall (1889-1957). A singular trajetória deste artista, que viveu e produziu na Europa e no Brasil, permite que se observe e compare as retóricas dos refratários ao modernismo em diferentes lugares e épocas. Na busca pelas matrizes conceituais dessa mentalidade, recuou-se a observação para as décadas finais do século XIX, momento em que se consolidaram algumas formas novas de se compreender o fenômeno estético, amparadas na ótica positivo-cientificista, assim como categorias pejorativas de qualificação do modernismo, como a de degeneração. Atenção especial foi conferida à análise da política cultural do regime nacional-socialista, que empreendeu a partir de 1937 uma ação contra a arte degenerada, responsável por expurgar dos museus públicos alemães uma grande quantidade de obras de arte moderna, e por exibir em exposições difamatórias um conjunto delas, entre as quais, algumas de Lasar Segall. No Brasil, observou-se as relações entre o Estado Novo e a arte moderna, em especial no monitoramento de seus artífices pelos órgãos de repressão política.
Palavra-chave: Crítica de arte; Degeneração; Lasar Segall; Modernismo; Nazismo.
Fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP.