Poesia e verso (uma leitura da Lira dos Cinqüent’anos de Manuel Bandeira)

Dissertação de Mestrado: Poesia e verso (uma leitura da Lira dos Cinqüent’anos de Manuel Bandeira)

Autor(a): Marcos David Alconchel

Ano: 2014

Orientador(a): Murilo Marcondes de Moura

Unidade da USP: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH)

Disponível em: https://doi.org/10.11606/D.8.2014.tde-13052014-103520

 

Resumo:

Este trabalho volta-se para a leitura analítica da sexta coletânea de versos de Manuel Bandeira, Lira dos cinqüentanos, marcada por um forte retorno aos meios tradicionais de expressão poética (como atestam os diversos textos em formas fixas e o considerável número de composições metrificadas e rimadas, as quais perfazem praticamente três quartos do livro). O nosso intento é demonstrar que esse conjunto de textos entranhado nas Poesias completas de 1940 (e bastante refundido, quatro anos depois) pode ser encarado, em virtude de sua ampla variedade estilística (que, a despeito do forte peso da tradição literária, não abandona as conquistas estéticas do movimento modernista, ostensivas em poemas como Maçã e O martelo, entre outros) como uma síntese do itinerário poético bandeiriano. A referência, no título, ao cinqüentenário do autor explicita a dimensão celebrativa da obra, dando a ver o cruzamento, em Bandeira, entre vida e obra Estrela da vida inteira. Por tudo isso, Lira dos cinqüentanos compõe, ao lado dos dois livros modernistas surgidos na década de 1930, Libertinagem e Estrela da manhã, a parte mais densa, em termos de qualidade estética, da lírica bandeiriana.

Palavras-chave: Lira dos cinqüent’anos; Lírica brasileira; Manuel Bandeira; Poesia moderna; Tradição poética.

 

Fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP.