Arte religiosa de Candido Portinari: entre o social, o político e o sagrado

Tese de Doutorado: Arte religiosa de Candido Portinari: entre o social, o político e o sagrado

Autor(a): Thaís Thomaz Bovo

Ano: 2018

Orientador(a): Daisy Valle Machado Peccinini

Unidade da USP: Interunidades em Estética e História da Arte

Disponível em: https://doi.org/10.11606/T.93.2019.tde-15042019-103434

 

Resumo:

Este trabalho propõe-se a delinear o processo histórico da arte religiosa na arte moderna no Brasil, enfocando a produção de Candido Portinari (1903-1962) como representante da segunda fase do Movimento Modernista Brasileiro, ao qual aderiu de modo definitivo depois de sua primeira viagem à Europa (1928-1930), apesar de não ter participado diretamente da famosa Semana de 1922. Em primeiro lugar, são relatados os principais fatos da vida do artista, que servem de parâmetro para uma interpretação da cena artística da época. São muitas as polêmicas em que ele esteve envolvido, sendo acusado de ser uma espécie de pintor oficial durante o Governo Vargas e de receber influências explícitas dos muralistas mexicanos e de Pablo Picasso; mas o que nos interessa mais de perto é o fato de ter sido membro efetivo do Partido Comunista e declarar-se ateu, ao mesmo tempo em que era capaz de realizar uma arte religiosa tão sublime. Destacamos também sua capacidade de estabelecer um frutífero diálogo entre o tema religioso e o social. Como comprovação disso tudo são analisadas as principais obras de arte religiosa de sua autoria, tais como as pinturas da Capela da Nonna, em Brodowski, os murais da Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte e da Matriz de Batatais, na cidade paulista de Batatais, as obras da Capela Mayrink, no Rio de Janeiro, e a Série Bíblica, na Rádio Tupi de São Paulo, dentre outras.

Palavras-chave: Arte religiosa; Candido Portinari; Capela da Nonna; Capela Mayrink; Igreja da Pampulha; Matriz de Batatais; Modernismo brasileiro.

 

Fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP.