Artigo: Modernismo, repurificação e lembrança do presente
Autor(a): Raúl Antelo
Revista: Literatura e Sociedade
Ano: 2004
Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ls/article/view/25417
Resumo:
Virno afirma que a sociedade do espetáculo nada mais é do que um “modernariato” potencializado, em que a fúria colecionadora do moderno transforma o presente em exposição universal permanente. 1922 marca o ano da Semana, mas também o da exposição do Centenário, ocasião em que o Modernismo brasileiro tentou montar uma exposição universal específica, onde Oriente e Ocidente fossem, mutuamente contíguos e contemporâneos. Esntretanto, o sujeito decorrente dessa operação unificadora acabou por cindir-se em duas vertentes: um sujeito que se oferece à exposição e outro sujeito que se anestesia diante do espetáculo. Dessa vontade de poder modernista conclui-se que não há potência que não seja primitiva, mas também que não há primitivismo que não seja potencial.
Palavras-chaves: Centenário, “Modernariato”, déjà-vu primitivo, oriente, ocidente.
Fonte: Portal de Revistas da USP