Tese de Doutorado: Rubens Borba de Moraes a institucionalização da Biblioteconomia no Brasil: uma questão político-cultural
Autor(a): Silvana da Silva Antonio Arduini
Ano: 2021
Orientador(a): Edmir Perrotti
Unidade da USP: Escola de Comunicações e Artes (ECA)
Disponível em: https://doi.org/10.11606/T.27.2021.tde-15022022-125738
Resumo:
Trata da institucionalização da Biblioteconomia no Brasil, como campo político-cultural, empenhado na modernização do país, no século XX. Analisa ações e concepções inscritas nos projetos do bibliófilo, bibliógrafo e bibliotecário Rubens Borba de Moraes, membro ativo de circuitos modernistas brasileiros. Figura emblemática de um amplo movimento políticocultural nacional e internacional. Moraes exemplifica a luta e as contradições da afirmação da cultura letrada, no país. O trabalho apresenta resultados de pesquisas documentais em arquivos pessoais e administrativos, destacando seus planos e ações na direção da Divisão de Bibliotecas, do Departamento de Cultura e Recreação, da Prefeitura de São Paulo, em 1935. Outras ações comprovadoras de um trabalho consciente da importância da definição e afirmação de um campo biblioteconômico, definidas por critérios político-culturais modernos que incluem, mas não priorizam a técnica, também são discutidas. Assim, é analisada a participação ativa de Moraes na criação da Associação Paulista de Bibliotecários, na promulgação de legislação que define a profissão de bibliotecário/a, em São Paulo. Além da institucionalização do campo, estava em causa a luta por uma direção representada por Moraes: a da Biblioteconomia como um campo político-cultural, comprometido, no caso, com o projeto de modernização e de (re)afirmação identitária. Os vínculos com o modernismo deixaram marcas que o tempo e as disputas do campo, no país e fora dele, foram redesenhando.
Palavras-chave: Democratização cultural; Educação cultural; Institucionalização da Biblioteconomia; Modernismo; Rubens Borba de Moraes.
Fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP.