Revista Acrópole publica residências modernas: análise da revista Acrópole e a sua publicação de residências unifamiliares modernas entre os anos de 1952 a 1971

Dissertação de Mestrado: Revista Acrópole publica residências modernas: análise da revista Acrópole e a sua publicação de residências unifamiliares modernas entre os anos de 1952 a 1971

Autor(a): Maisa Fonseca de Almeida

Ano: 2008

Orientador(a): Miguel Antonio Buzzar

Unidade da USP: Escola de Engenharia de São Carlos (EESC)

Disponível em: https://doi.org/10.11606/D.18.2008.tde-02022009-143405

 

Resumo:

Analisa e interpreta o desenvolvimento de tipologias espaciais e plásticas dentro da produção arquitetônica de residências modernas unifamiliares. Assim como, as soluções de seus ambientes e sua relação com a cidade no contexto dos seus condicionantes históricos, sociais, econômicos, tecnológicos e culturais no quadro da arquitetura brasileira. Questionando e verificando a existência da pertinência de uma tipologia espacial particular no interior do movimento moderno brasileiro que dê sustentação à formulação de uma distinção característica, a qual possui suas próprias particularidades diante do veio mais expressivo do modernismo brasileiro. Para tanto, utiliza como referência, as publicações deste gênero na revista Acrópole, considerada o periódico brasileiro especializado em arquitetura de maior período de funcionamento e publicações no Brasil (maio de 1938 a dezembro de 1971), desde sua mudança editorial, em setembro de 1952, a seu término, em dezembro de 1971. Esta revista sediada na cidade de São Paulo centra-se em expor obras residenciais unifamiliares, em sua maioria, na própria cidade, em um período em que a arquitetura moderna brasileira intensifica o debate sobre a sua produção teórica e prática, e esta cidade encontra-se em pleno processo de crescimento demográfico e desenvolvimento industrial. Diante desta intensificação das ações culturais, conjuntamente às discussões e apreensões em diversas escalas dos ideais de modernização e modernismo, a arquitetura brasileira desenvolve-se, retrabalhando suas dimensões modernas e adquirindo características consideradas particulares, vistas como conformadoras de uma identidade nacional. Por fim, este trabalho busca expor a grande diversidade arquitetônica que caracterizava a arquitetura moderna em São Paulo, verificando distinções divergentes de sua vertente maestra, a partir do momento em que adquire qualidades próprias e singulares da considerada “escola carioca”. Esta maior pluralidade arquitetônica a qual se procura verificar explora conjuntamente as novas teorias, as novas características materiais e as possibilidades trazidas pela tecnologia dos novos materiais oferecidos na construção civil. Questões que foram incorporadas com maior pluralidade na arquitetura brasileira do que a simples aplicação de uma nova teoria poderia sugerir, principalmente, no período que antecede a definição de seu modelo reconhecido como hegemônico dentro da arquitetura moderna.

Palavras-chave: Arquitetura brasileira; Modernismo brasileiro; Movimento moderno brasileiro; Residências modernas unifamiliares; Revista Acrópole.

 

Fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP.