Autor(a): Albuquerque, Ana Maria de
Ano: 2017
Orientador(a): Sousa Neto, Manoel Fernandes de (Orientador)
Unidade da USP: FFLCH
Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-01032019-131109/en.php
Resumo: A pesquisa tem como objeto de análise a formação territorial do Ceará desde o estabelecimento das políticas pombalinas do Estado Português ao processo de emancipação política de sua colônia na América do Sul. Uma investigação que atravessa o interregno de 1750 a 1822, quando se pretendia aumentar o controle administrativo e a expropriação dos lucros nas terras conquistadas pela Coroa Portuguesa por meio de acordos de limites. Em movimento sincopado de expansão das fronteiras e corrida aos fundos territoriais defendidos por estratégias geopolíticas que priorizavam o povoamento das áreas fronteiriças, mas também daquelas afastadas da zona litorânea; pela doação de sesmarias; elevação de vilas e cidades; pelo controle e aldeamento dos nativos através de leis ou incentivo à guerra justa, para o aniquilamento, aos que não se adaptavam à imposição de um processo perverso de colonização que os subjugava. Retratamos a frente de apropriação dos sertões das capitanias do Norte, com ênfase no Ceará; uma história de expropriação, de espoliação das terras indígenas, a fixação das fazendas para o criatório do gado, que teve início com o parcelamento de suas terras no final do século XVII acontecimentos que promoveram impactos relevantes sob a sua estrutura fundiária e o introduziram à lógica da acumulação primitiva de capitais, através da implantação das políticas mercantilistas que se expandiram violentamente para além das nações europeias, em escala maior, inseridas agora dentro de um sistema mundial de conformação de uma economia-mundo capitalista em formação e dilatação
Fonte: Repositório USP