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O projeto Ciclo22 da USP criou um podcast para ajudar os estudantes que irão prestar vestibular em 2022. A produção trará episódios especiais para debater criticamente os fatos históricos ocorridos em 1822 (Independência do Brasil) e 1922 (Semana de Arte Moderna), além dos desdobramentos desses eventos até os dias atuais.
Cada episódio, que será publicado quinzenalmente, irá discutir os temas a partir de questões que caíram em vestibulares passados, com explicações e dicas sobre como estudar e como se preparar para as provas. Para isso, o podcast traz professores de cursinhos populares da USP para falar.
O primeiro episódio, por exemplo, entrevistou o professor de história Wander Lima do Cursinho FEAUSP, mantido por estudantes da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP, em São Paulo, para falar sobre como a Independência do Brasil costuma ser abordada no vestibular.
“A proposta tem por objetivo promover uma reflexão crítica acerca dos marcos de 22, por meio de uma comunicação descontraída e atrativa a alunos e alunas do ensino médio, ampliando o alcance da produção da USP para a sociedade”, explica a professora Diana Gonçalves Vidal, coordenadora do Ciclo 22 e diretora do Instituto de Estudos Brasileiros da USP.
“A presença de diálogos e de entrevistas com professoras e professores de cursinho enriquece bastante o material. Afinal, são esses profissionais que lidam diretamente com as questões de vestibular, que são o principal acesso da juventude à Universidade pública”, comentou Karina Tarasiuk, estudante de jornalismo da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, em São Paulo, e uma das produtoras do podcast.
Clique no player para ouvir o primeiro episódio:
De estudante para estudante
A produção do podcast é realizada por Gabriel Guerra e Karina Tarasiuk, estudantes de jornalismo da ECA, que integram a equipe do Ciclo22.
A dupla produz conteúdos audiovisuais para outros projetos da Universidade desde 2020, o que resultou em uma boa parceria para a produção desse podcast. “Eu e a Karina participamos de todas as etapas produtivas. Nós pesquisamos as questões do vestibular juntos, elaboramos o roteiro de entrevista e do episódio juntos e dividimos em conjunto a última etapa, que é a edição e a sonorização”, relatou Gabriel Guerra.
Para eles, poder produzir um conteúdo para outros estudantes é relembrar o período em que também precisaram enfrentar os temidos vestibulares. Gabriel, por exemplo, fez parte do cursinho da FEA no período em que estudou para o vestibular, o que traz uma maior identificação com a produção, segundo ele. “Sentir que estou contribuindo com o que foi fundamental para a minha aprovação numa universidade pública, a maior da América Latina, traz um bom sentimento de devolutiva à sociedade”, comentou.
“Novamente aparece o nosso dever: o dever de retribuir todo o conhecimento que a Universidade nos deu até aqui, além de possibilitar a democratização do aprendizado e da divulgação de conhecimento”, disse Karina.
Os próximos episódios serão divulgados no Jornal da USP e estarão nos principais agregadores de podcast.