Descrição: A aquisição da leitura e da escrita para grupos sociais e indivíduos que historicamente foram e são excluídos da cultura e dos bens culturais da elite não se apresenta como algo dado, mas como direito a ser conquistado.
Esses grupos e sujeitos embora privados de oportunidade para acessarem a cultura que se impõe como superior, encontram formas de se apropriarem desses bens e muitas vezes se colocam críticos não só dos conteúdos dessa cultura que se impõe como modelar, como também da forma como esses são expostos.
Nesse sentido, discursos literários criados a partir da experiência de sujeitos subjugados pela condição racial, de gênero, étnica, social e outras podem atritar com sistema literário canônico, uma vez que o cânone é também uma construção de um determinado poder.
A partir dessas premissas, nos interessa observar como a Escrevivência pode se construir como um corpus literário em diferença na Literatura Brasileira e como o conceito tem servido de aporte teórico para estudos em outras áreas de conhecimento.
Exposição:
Conceição Evaristo,
(escritora, titular atual da Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência)
Fátima Lima,
(antropóloga, professora associada da Universidade Federal do Rio de Janeiro/Macaé)
Fernanda Felisberto,
(professora de literatura do Departamento de Letras da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
Gabriel Nascimento,
(linguista, escritor, professor da Universidade Federal do Sul da Bahia)
Moderação:
Érica Peçanha,
(antropóloga, supervisora geral do Projeto Democracia, Artes e Saberes Plurais da Cátedra Olavo Setubal de Cultura, Arte e Ciência do IEA)
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Sv_VUp7RcFY
Fonte: IEA/USP