Descrição: O termo bolsonarismo vem sendo utilizado de forma difusa sem explicitar seu referente e seus atributos específicos. Vários estudiosos, pensadores e políticos debatem seu significado a partir de premissas parciais que não conseguem fundamentar descrições, explicações, menos ainda, interpretações em argumentos não reducionistas.
Surgindo nas névoas de manifestações populares ocorridas em diferentes partes do mundo, o bolsonarismo se mostra compatível com análises associadas às ideias emergentes no campo das chamadas “Guerras Híbridas”, sem contudo fazer com que se consiga inseri-lo como categoria discursiva consensual neste campo semântico difuso.
Por outro lado, afirma-se constituir-se em movimento político passível de ser adjetivado como sendo expressão de uma denominada extrema direita mundial. Quais seriam os seus atributos que permitiriam dizê-lo equivalentes a outras manifestações políticas classificadas como de extrema direita?
As operações estratégicas manipuladoras de informações disseminadas pelos veículos de T.I implicam forças persuasivas que produzem manifestações de massa aglutinando-a sob forma da eclosão de motins supremacistas. Ser bolsonarista engloba identidades que não necessitam de quaisquer qualificações adjetivas para se caracterizar. Tais operações e consequências são passíveis de serem identificadas ocorrendo em outras regiões do globo? O uso recorrente de comparações com as manifestações do Capitólio nos EUA com o ocorrido em Brasília em 08 de janeiro, seria adequado? Como se equivaleriam?
Exposição:
Evando Nascimento (UFJF)
Miriam Chnaiderman (Instituto Sedes Sapientiae)
Carlos Teixeira Alves (IFRJ)
Debatedor:
Massimo Canevacci (Universidade de Roma La Sapienza/IEA-USP)
Coordenação:
Eda Tassara (IP/IEA-USP)
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=kHuOT2iolto
Fonte: IEA/USP